AMA em Arcos realiza trabalho direcionado às pessoas que estão doentes e acamadas

A 13ª edição do Chá Beneficente da AMA será dia 22 de maio, no Arcos Clube, a partir das 20h. Colabore!

Mar 28, 2025 - 16:10
Mar 28, 2025 - 16:38
 0
AMA em Arcos realiza trabalho direcionado às pessoas que estão doentes e acamadas
AMA em Arcos realiza trabalho direcionado às pessoas que estão doentes e acamadas
AMA em Arcos realiza trabalho direcionado às pessoas que estão doentes e acamadas
AMA em Arcos realiza trabalho direcionado às pessoas que estão doentes e acamadas


Se você já esteve internado ou acompanhou algum paciente na Santa Casa de Arcos, provavelmente viu a logomarca da AMA nas roupas de cama e recebeu a visita dos voluntários à noite, servindo chás, sucos, biscoitos, gentilezas e sorrisos.

A Associação Mão Amiga (AMA) foi fundada em 29 de julho de 2009, quando faltavam recursos para a compra de lençóis na Santa Casa de Arcos.

A voluntária Lúcia Borges, que foi presidente da associação e atualmente é tesoureira, conta que tudo começou quando a então costureira do hospital, Luzia das Graças Veloso (in memoriam), comentou com ela sobre a falta de lençóis para a enfermaria.

Sensibilizada com a preocupação da costureira, falou com 20 amigos e fizeram a doação de 50 unidades. Lúcia colocou-se à disposição da administradora da Santa Casa na época, Kátia Valderez, que a convidou para uma reunião. Ela foi acompanhada da comerciante Aparecida Clementina Galdino, que havia contribuído com as doações. Na ocasião, o então provedor, José Maria Alves, falou do desejo de implantar o voluntariado na Santa Casa. As duas aceitaram o desafio e, apoiadas por Kátia, começaram a “recrutar” novos voluntários. Depois foi providenciado o Estatuto e Regimento Interno.

A AMA foi fundada com menos de 10 voluntários. Atualmente, março de 2025, são 70. Trabalham com o objetivo de atender às demandas da Santa Casa no que se refere ao bem-estar dos pacientes e acompanhantes, a exemplo da compra e manutenção de roupas de cama.

As poltronas, cadeiras e armários da unidade também foram adquiridos pela AMA, que se responsabiliza pela manutenção.

Sem o apoio dessa associação, a administração do hospital teria dificuldades em atender a essas necessidades.

Projeto Reviver

 Segundo a presidente, Rosimeire Xavier Ferreira (FOTO ACIMA), a AMA também concretiza o Projeto Reviver, que consiste na doação de roupas de cama para pacientes acamados em casa, no Município de Arcos. Assista ao vídeo:



Chá beneficente e brechó são as fontes de renda da AMA

No próximo dia 22 de maio será realizada a 13ª edição do Chá Beneficente da AMA, no Arcos Clube, a partir das 20h. A renda será investida na compra de roupas de cama para os pacientes da Santa Casa. O ingresso custa R$ 90,00 e pode ser adquirido com os voluntários da Associação.

Criado no mesmo ano de fundação da AMA, atualmente o Brechó está situado na rua Joaquim Murtinho, em frente ao Sacolão. A renda é destinada às ações da AMA.

Rosimeire Ferreira conta que os voluntários doam o suco e o chá. As doações mensais em dinheiro somam, em média, 300 reais.

A entidade tem custos fixos com o aluguel do imóvel onde funciona o brechó, com a compra dos materiais descartáveis para servir o chá (copos, canudos, guardanapos, luvas, máscaras e embalagens para os biscoitos), com a padaria. A despesa é de aproximadamente 6 mil por mês. Quando necessário, também é feita a manutenção das poltronas dos acompanhantes de pacientes.

“Quantas vezes nós, médicos, ficávamos envergonhados porque o lençol do paciente estava rasgado!”


Em 2019, durante uma conversa com uma jornalista do CCO, o médico Roberto Dias de Carvalho (in memoriam) lembrou da época em que faltavam lençóis para os pacientes e roupas para o Centro Cirúrgico da Santa Casa. “Quantas vezes nós, médicos, ficávamos envergonhados porque o lençol do paciente estava rasgado. Roupas para o centro cirúrgico, algumas vezes nós comprávamos, porque não tinha”. Em seguida, afirmou: “Isso não existe mais. O sentimento é de gratidão a todos os voluntários e a todos os funcionários – as faxineiras, as técnicas, as enfermeiras – que lutam e que sofrem com a gente, dia a dia, as angústias dos doentes, participando de nossas tentativas de melhorar esse sofrimento”. 

Fica o registro de gratidão do médico que trabalhou na Santa Casa de Arcos por mais de 40 anos e faleceu no dia 24 de dezembro de 2024, aos 74 anos.