‘Centro Ambiental’ de Arcos tem acervo com peças arqueológicas do período pré-histórico

Set 26, 2024 - 14:20
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‘Centro Ambiental’ de Arcos tem acervo com peças arqueológicas do período pré-histórico


O Centro de Interpretação Ambiental foi inaugurado em 2019. A maioria das peças que lá estão foram encontradas na região de Arcos, Pains, Doresópolis, Piumhi, Iguatama e em outras regiões de Minas. 

A Estação Ecológica de Corumbá, em Arcos, que é uma unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), comemorou 50 anos nesta semana. 
Foi criada em 1974, para proteger o ambiente natural e as espécies da flora e fauna presentes na região. Além da beleza, destaca-se pela biodiversidade e pelos valores espeleológico, arqueológico e paleontológico. Possui grande concentração de cavernas e sítios arqueológicos. Também abriga diversas espécies de aves em seus fragmentos de mata primária e lagoas cársticas. 

A unidade conta com um Centro de Interpretação Ambiental, utilizado para atividades de educação e pesquisa, que foi inaugurado em 2019. A estação possui estrutura para recebimento e hospedagem de pesquisadores. Essas informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação do Governo do Estado.

Nesse Centro está um acervo composto por aproximadamente cem peças arqueológicas, dentre elas, machados líticos, fóssil, urnas funerárias, fragmentos de cerâmica e de ossos e a réplica da cabeça de uma preguiça gigante. 

Réplica da cabeça de uma preguiça gigante, acoplada em um “esqueleto metálico” 

A maioria das peças foram encontradas na região de Arcos, Pains, Doresópolis, Piumhi, Iguatama e em outras regiões de Minas Gerais. São peças, segundo os arqueólogos, provavelmente do período Pré-Histórico (período anterior ao aparecimento da escrita, portanto, anterior a 4.000 a.C, conforme consta em artigo do historiador Jefferson Evandro Machado Ramos, publicado no site suapesqusia.com.br).

O Centro de Interpretação Ambiental, que é gerido pelo IEF, está situado na comunidade do Corumbá – divisa de Arcos e Pains. Foi inaugurado em 9 de agosto de 2019, pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio do Instituto Estadual de Florestas (IEF). 

Visitas podem ser agendadas pelos contatos: (07) 3351- 5487 ou pelo e-mail: yustane.lopes@meioambiente.mg.gov.br 

Acervo ficava no museu arqueológico interditado em 2007

Antigo Museu Arqueológico do Corumbá (funcionou de 2000 a 2007)

De 2000 a 2007, havia em Arcos um “Museu Arqueológico” e um Mirante de Observação, situados na região do Corumbá, que foram inaugurados no ano 2000, como medida compensatória de um processo de licenciamento ambiental da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). No entanto, as unidades foram interditadas para visitação pública de trabalhos de educação ambiental e pesquisa em 2007, por questões de segurança.

As interdições foram necessárias após incidentes de deslizamentos de rochas do maciço onde foram construídas as edificações. Em 02 de fevereiro de 2011, foi celebrado um Termo de Ajuste de Conduta  entre o Ministério Público e a CSN. Uma das motivações apresentadas foi “a necessidade de se proteger o expressivo patrimônio arqueológico e espeleológico na área do empreendimento da CSN (bens esses que integram o patrimônio cultural brasileiro e são protegidos pela Constituição Federal)”. Em uma das cláusulas estava prevista a realocação do Núcleo Museológico pela empresa. As obras de execução do novo espaço, atualmente denominado Centro de Interpretação Ambiental, foram concluídas pela CSN em abril de 2017. O Portal CCO obteve essas informações em 2018, por meio do Ministério Público.

Também em 2018, o CCO foi informado pela gerente da Estação Ecológica do Corumbá e coordenadora da Agência Avançada do IEF – Arcos, Yustane Lopes, por meio da Assessoria de Comunicação do Sistema Estadual de Meio Ambiente, que todo o acervo está no novo Centro de Interpretação Ambiental. 

Segundo Yustane Lopes, as aproximadamente cem peças arqueológicas que estão no acervo foram entregues à salvaguarda do IEF no ano 2000. 

Urnas funerárias