Família de Dona Sônia, de Arcos, precisa de ajuda para custear despesas
O valor solicitado é R$1.462,62

O Portal CCO publicou, ao longo de 2024, matérias relatando o estado de saúde de Sônia de Fátima de Jesus Souza, que residia no bairro Floresta e estava acamada, dependendo da contribuição da população para o tratamento.
Dona Sônia morreu no dia 7 de fevereiro. Ela foi internada no dia 13 de janeiro no CTI, dia 17 foi levada para enfermaria, dia 20 voltaram novamente com ela para o CTI, porque teve uma piora. Ela faleceu no CTI, segundo a filha Rejane Aparecida de Souza (35 anos), que cuidava dela.
Na semana passada, ela enviou mensagem à Redação relatando que a família continua precisando de ajuda financeira. Citou as seguintes despesas:
• R$ 900,00 com o funeral (referente ao tempo de duração do velório e o anúncio, que não são custeados pela Prefeitura);
• R$ 386,47 referentes a contas da Copasa;
• R$ 576,15 referentes a contas da Cemig;
Total: R$ 1.862,62.
Na campanha realizada atualmente, até o final da semana passada, ela havia recebido R$ 400,00. Portanto, faltam R$ 500,00 para liquidar a dívida com a funerária e R$ 962,62 para pagar as contas da Copasa e Cemig, totalizando o valor devido de R$1.462,62.
A doação pode ser pelo PIX ou, se a pessoa preferir, pode levar o dinheiro na funerária e informar que é para descontar na dívida referente ao velório de Sônia de Fátima de Jesus Souza.
“Agora, minha preocupação é essa conta lá na funerária. Fiz uma campanha, mas não consegui arrecadar o valor. Arrecadei somente R$ 400,00 reais e ainda faltam R$ 500,00 reais [para pagamento da funerária] e essas contas da Copasa e Cemig que estão me preocupando”, diz Rejane.
Chave Pix: 37998209779 - Rejane Aparecida de Souza (Agência Itaú)
Dieta enteral de alto custo
A nutrição de Dona Sônia era com dieta enteral de alto custo. Diante da solicitação do médico na época e sem ter recursos, Rejane começou a campanha de arrecadação de fundos. Depois de algum tempo, ela recorreu à Justiça.
Segundo Rejane, houve uma decisão judicial favorável, mas o Município negou a compra e a família precisou continuar assumindo o custo com dinheiro de doações. Uma das ajudas que receberam foi de uma campanha dos “Amigos do Bem”.
Ela comprou um estoque de dieta enteral, para não faltar. No final do ano, o Município liberou. No entanto, a mãe dela não chegou nem a usar, devido à quantidade que tinha em casa.
“Não faltou nada para minha mãe. Louvado seja Deus! As pessoas ajudaram muito. Tenho só que agradecer à população arcoense por ter me ajudado com minha mãezinha”.
Com a morte da mãe, ela doou as dietas, os medicamentos, as vitaminas, fraldas descartáveis, roupas de cama novas, insulina, colchão pneumático, medidor de pressão e oxímetro, para outras famílias que precisavam.
Dona Sônia recebia a visita de médico, fisioterapeuta e nutricionista. Já o serviço de fonoaudiologia foi oferecido apenas uma vez, segundo Rejane.
“Dediquei esses 15 anos cuidando dela com muito amor e carinho. Todos sabem. O pessoal que vinha aqui em casa visitar ela sempre falava que eu estava de parabéns, que minha mãe era muito bem-cuidada e que não tinha nenhuma escara; toda limpinha. Sempre eu ouvia isso e ficava com o coração feliz de saber que eu estava fazendo o certo para ela. Foi muito amor. Mãe é Mãe! Temos que cuidar com carinho. Estou em paz. Minha parte eu fiz, não tenho nenhum remorso, só gratidão por ter cuidando dela até o último dia que Deus permitiu”.
Renda familiar é de um salário mínimo
Rejane disse ao CCO que no momento não está trabalhando, mas planeja procurar emprego: “Dediquei a minha vida para cuidar da minha mãezinha, que ficou mais de 15 anos acamada. Eu sozinha e Deus, mas sempre com as ajudas das boas pessoas, de coração bom. Agora que perdi minha mãezinha, penso em arrumar um emprego, passar pelo médico para ver como estou, porque nesses anos todos nem passar numa consulta eu passava; era uma correria minha vida”.
O marido dela, Emerson dos Santos, está afastado há mais de dois anos, recebendo um salário mínimo. Parte do dinheiro é para custear medicamentos e R$ 700,00 para pagar o aluguel. “Ele sofreu uma nevralgia do trigêmeo do lado esquerdo da cabeça e está com depressão, fazendo tratamento no CAPS; faz uso de vários medicamentos que não são oferecidos pelo SUS”.
O casal tem dois filhos, um de 15 anos e outro de 7.
Essa é a atual situação da família, relatada por Rejane.