Futura secretária de Educação de Arcos fala das propostas, ações e desafios da pasta

“Melhorar o ensino é algo desafiador, porém, não impossível”

Com esta frase, iniciou a entrevista com a futura secretária de Educação de Arcos, a pedagoga Lílian Garcia, ao responder sobre melhorias no ensino básico. Ela esclareceu, dizendo que processo de melhorias envolve aspectos pedagógicos, técnicos, estruturais, com foco nas pessoas que fazem parte do processo, atuam do ‘cenário educacional’, desde o zelador ao gestor escolar.

Considerando esta percepção, ela anunciou: “A primeira ação do nosso governo [na pasta da Educação] será uma pesquisa de clima organizacional, com o objetivo de mapear as situações que exigem um olhar mais atento e emergencial”. Ela afirmou que trazer melhorias ao ensino básico inicia por melhorar o clima organizacional, a formação profissional, e o propósito da educação e do educador. Segundo ela, isso se refletirá no ensino, nos resultados da educação, na vida dos alunos, suas famílias e da comunidade escolar.
 
Neurodiversidades

A pedagoga disse que a primeira ação na área da educação especial e inclusiva será o mapeamento dos atendimentos realizados. Segundo ela, com o mapeamento, será possível planejar a questão de contratação de pessoal, visando a ampliar os atendimentos ofertados a este segmento, caso seja necessário.

Jovens e adultos

Lílian informou que, na transição, recebeu a informação de a documentação necessária para a implantação do Programa de Alfabetização para Jovens e Adultos, já havia sido entregue. Porém, a futura secretária esclareceu que, no momento, não tem como afirmar sobre a situação do projeto. 

“A primeira ação relacionada ao tema será o levantamento da demanda para uma implantação efetiva e que atenda às reais necessidades locais”. A metodologia para esta ação ainda será analisada, segundo Lílian.
 
Tempo Integral

“Logo que o ensino básico for estruturado e dermos início ao ano letivo, iniciaremos a reestruturação do tempo integral, bem como organização do seu início” – afirmou a futura secretária.

Ela disse que estão visitados outros municípios para conhecer a realidade de outras cidades, com relação ao funcionamento da educação em tempo integral. Ela entende que é importante conhecer boas práticas e casos de sucessos que sirvam de referência, respeitando, é claro, a realidade de Arcos.

Lílian destacou: “As políticas públicas sobre o tempo integral versam sobre compreender os estudantes como sujeitos integrais e, a escola, como agente central para desenvolver suas múltiplas dimensões – intelectual, física, emocional, social e cultural”. Segundo ela, sem esta análise multidisciplinar, o dito ‘tempo integral’ se resume a módulos de aula de ‘reforço escolar’.
 
Creches

“Ao darmos início à gestão, precisaremos buscar indicadores para que esta pergunta tenha respostas.” – argumentou.

Segundo a titular da pasta da Educação, a gestão de vagas deve ser centralizada para que seja possível conhecer a realidade da demanda de novas creches. De acordo com Lílian, consultar os bairros das pessoas que estão na lista de espera permite conhecer as demandas e planejar a construção de novas creches.
 
Professores e servidores de escolas

“A valorização profissional fará sim, parte da nossa gestão”. No entanto, segundo a futura secretária, é necessário lembrar de que há limites para despesas com pessoal. Ela disse que estes limites devem respeitados e destacou a lei de responsabilidade fiscal.

“A realização de um novo concurso público faz parte do plano de governo”. Ela disse que, no momento em que tiverem informações detalhadas será possível planejar a abertura de concurso público.

Gestão escolar

“Pode-se esperar desta gestão, muito comprometimento com a melhoria da educação de forma geral”.  Ela detalhou que será buscada a competência técnica e acadêmica, e mais do que isso, uma gestão que desenvolva a comunicação assertiva, as habilidades na gestão de pessoas e um planejamento com objetivo de alcançar a excelência na educação.