Não permita que sua Black Friday se transforme em uma Black Fraude

Há oportunidades, mas também há riscos, confira como se proteger

Nov 12, 2024 - 14:35
Nov 12, 2024 - 15:04
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Não permita que sua Black Friday se transforme em uma Black Fraude
Foto: Portal Gov.br


Muita gente pensa na Black Friday como um dia de grandes oportunidades de adquirir um produto ou serviço a um preço menor do que compraria em outro período do ano.

É verdade. De fato, há boas oportunidades, mas, há riscos de diversos golpes e como sabemos, a cada dia aparecem fraudes, mesmo fora da festejada Black Friday. Então o CCO pesquisou em algumas matérias em sites sobre assunto para trazer aos seus leitores, informações sobre os golpes mais usuais e maneiras de prevenção.

Marlise Brenol, professora e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), em artigo publicado no site da Serasa Experian (https://www.serasa.com.br/premium/blog/black-fraude-conheca-os-golpes-mais-comuns/), aponta quatro fraudes como as mais comuns, no período:

1. Tudo pela metade do dobro

Ela considera esta com a fraude mais comum, praticada por lojistas desleais com os seus clientes e ocorre quando o preço da mercadoria ou do serviço são aumentados às vésperas da promoção, permitindo a ‘concessão’ do desconto.

Ela considera ‘má-fé’ do anunciante e recomenda que é necessário pesquisar preços em mais de uma loja e acessar os sites que fazem comparação de preço, tais como: Zoom, Buscapé e Jácotei, antes de fechar negócio.

2. Mudança de preço no carrinho de compras

A professora também avalia que o período de Black Friday utiliza muito a tática de escassez do tempo. Os anúncios vêm acompanhados com relógio de contagem regressiva para terminar o tempo do anúncio ou do estoque de produtos, pressionando, desta forma a tomada decisão de compra por parte do cliente.

Conforme o artigo, com o senso de urgência, o consumidor pode cair no golpe do preço original, sem o desconto aplicado. A pressa é tanta que o cliente acaba pagando um valor diferente do anunciado e só percebe depois que a compra já foi feita.

Marlise recomenda: “Neste caso, é preciso guardar prints do anúncio original, do carrinho de compra e do comprovante de pagamento para reivindicar os seus direitos como consumidor. Ela recomenda desconfiar de site ou anúncios virtuais que utilizem estes instrumentos de pressão.

3. Frete mais caro do que o produto anunciado

Marlise recomenda que é necessário estar atento é sobre o preço do frete para entrega dos produtos comprados em lojas online. Segundo ela, há casos em que o preço do produto é realmente vantajoso em relação a sites concorrentes, a loja existe e é conhecida. Então o consumidor adquirir o produto, mas, ao pagar, o valor é superior ao anunciado, resultado de um frete abusivo, mesmo que o preço do produto esteja de acordoe e seja vantajoso.

A recomendação, neste caso é ficar atento ao valor do frete, simulando a compra em mais de um site, como o de preços e prazos dos Correios.

4. Prazo de entrega abusivo

Ela descreve a situação: “O preço está mais baixo do que a média dos concorrentes, o frete é gratuito, você conhece o lojista e é o produto que você deseja comprar. Todos os fatores são favoráveis para você fechar o negócio com alto índice de satisfação. Compra realizada, basta aguardar o pedido chegar. Mas o tempo passa e o produto demora a ser entregue”.

Para reduzir o risco de frustração em relação a prazos de entrega, ela recomenda, confirmar a compra após conhecer, com clareza qual o prazo mínimo e o máximo para entrega, considerando este fator para a decisão.

A repórter Janize Colaço também aponta aspectos e situações fraudulentas durante a Black Friday, em artigo publicado no site Infomoney (https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/black-friday-sem-fraude-como-se-proteger-dos-golpes/).

Ela indica outros golpes, tais como: supostas promoções enviadas SMS e mensagens de WhatsApp que podem conter links maliciosos; descontos e cupons enviados por e-mail se passando por empresas de grande porte, utilizando contas privadas como “@gmail”, “@hotmail”, “@outlook” ou “@terra”; perfis falsos nas redes sociais que investem em mídia para aparecer em páginas de compras e stories (no caso do Instagram) – inclusive com depoimentos de falsos compradores.

Segundo ela, no “Mapa da Fraude – Black Friday 2023”, a ClearSale (empresa que atua na defesa antifraudes) aponta que entre os dias 23 e 26 de novembro do ano passado foram mais de R$ 10 milhões somados em tentativas de vendas fraudulentas — ou pelo menos 400 ações criminosas por hora. Conforme o superintendente comercial da empresa de proteção, o problema se estende, envolvendo as compras de Natal de final de ano.

Promessa de prazer

Segundo a psicóloga e orientadora financeira Ana Paula Hornos (também citada na matéria), o cérebro libera doses de dopamina (neurotransmissor da recompensa), fazendo com que a compra se transforme em uma promessa rápida de prazer. Ana Paula afirma: “Vivemos em uma era onde consumir é confundido com realizar. O desconto é só o empurrão que faltava para alimentar o mito do ‘preciso disso agora’, mesmo que, na prática, o objeto em questão acabe esquecido no fundo de uma gaveta”. Por isso, ela recomenda a pesquisa antecipada de produtos e preços.

Recomendações, tais como compras com cartão de crédito, pix entre outras, podem ser conferidas em: https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/black-friday-sem-fraude-como-se-proteger-dos-golpes/