Não permita que sua Black Friday se transforme em uma Black Fraude
Há oportunidades, mas também há riscos, confira como se proteger

Muita gente pensa na Black Friday como um dia de grandes oportunidades de adquirir um produto ou serviço a um preço menor do que compraria em outro período do ano.
É verdade. De fato, há boas oportunidades, mas, há riscos de diversos golpes e como sabemos, a cada dia aparecem fraudes, mesmo fora da festejada Black Friday. Então o CCO pesquisou em algumas matérias em sites sobre assunto para trazer aos seus leitores, informações sobre os golpes mais usuais e maneiras de prevenção.
Marlise Brenol, professora e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), em artigo publicado no site da Serasa Experian (https://www.serasa.com.br/premium/blog/black-fraude-conheca-os-golpes-mais-comuns/), aponta quatro fraudes como as mais comuns, no período:
1. Tudo pela metade do dobro
Ela considera esta com a fraude mais comum, praticada por lojistas desleais com os seus clientes e ocorre quando o preço da mercadoria ou do serviço são aumentados às vésperas da promoção, permitindo a ‘concessão’ do desconto.
Ela considera ‘má-fé’ do anunciante e recomenda que é necessário pesquisar preços em mais de uma loja e acessar os sites que fazem comparação de preço, tais como: Zoom, Buscapé e Jácotei, antes de fechar negócio.
2. Mudança de preço no carrinho de compras
A professora também avalia que o período de Black Friday utiliza muito a tática de escassez do tempo. Os anúncios vêm acompanhados com relógio de contagem regressiva para terminar o tempo do anúncio ou do estoque de produtos, pressionando, desta forma a tomada decisão de compra por parte do cliente.
Conforme o artigo, com o senso de urgência, o consumidor pode cair no golpe do preço original, sem o desconto aplicado. A pressa é tanta que o cliente acaba pagando um valor diferente do anunciado e só percebe depois que a compra já foi feita.
Marlise recomenda: “Neste caso, é preciso guardar prints do anúncio original, do carrinho de compra e do comprovante de pagamento para reivindicar os seus direitos como consumidor. Ela recomenda desconfiar de site ou anúncios virtuais que utilizem estes instrumentos de pressão.
3. Frete mais caro do que o produto anunciado
Marlise recomenda que é necessário estar atento é sobre o preço do frete para entrega dos produtos comprados em lojas online. Segundo ela, há casos em que o preço do produto é realmente vantajoso em relação a sites concorrentes, a loja existe e é conhecida. Então o consumidor adquirir o produto, mas, ao pagar, o valor é superior ao anunciado, resultado de um frete abusivo, mesmo que o preço do produto esteja de acordoe e seja vantajoso.
A recomendação, neste caso é ficar atento ao valor do frete, simulando a compra em mais de um site, como o de preços e prazos dos Correios.
4. Prazo de entrega abusivo
Ela descreve a situação: “O preço está mais baixo do que a média dos concorrentes, o frete é gratuito, você conhece o lojista e é o produto que você deseja comprar. Todos os fatores são favoráveis para você fechar o negócio com alto índice de satisfação. Compra realizada, basta aguardar o pedido chegar. Mas o tempo passa e o produto demora a ser entregue”.
Para reduzir o risco de frustração em relação a prazos de entrega, ela recomenda, confirmar a compra após conhecer, com clareza qual o prazo mínimo e o máximo para entrega, considerando este fator para a decisão.
A repórter Janize Colaço também aponta aspectos e situações fraudulentas durante a Black Friday, em artigo publicado no site Infomoney (https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/black-friday-sem-fraude-como-se-proteger-dos-golpes/).
Ela indica outros golpes, tais como: supostas promoções enviadas SMS e mensagens de WhatsApp que podem conter links maliciosos; descontos e cupons enviados por e-mail se passando por empresas de grande porte, utilizando contas privadas como “@gmail”, “@hotmail”, “@outlook” ou “@terra”; perfis falsos nas redes sociais que investem em mídia para aparecer em páginas de compras e stories (no caso do Instagram) – inclusive com depoimentos de falsos compradores.
Segundo ela, no “Mapa da Fraude – Black Friday 2023”, a ClearSale (empresa que atua na defesa antifraudes) aponta que entre os dias 23 e 26 de novembro do ano passado foram mais de R$ 10 milhões somados em tentativas de vendas fraudulentas — ou pelo menos 400 ações criminosas por hora. Conforme o superintendente comercial da empresa de proteção, o problema se estende, envolvendo as compras de Natal de final de ano.
Promessa de prazer
Segundo a psicóloga e orientadora financeira Ana Paula Hornos (também citada na matéria), o cérebro libera doses de dopamina (neurotransmissor da recompensa), fazendo com que a compra se transforme em uma promessa rápida de prazer. Ana Paula afirma: “Vivemos em uma era onde consumir é confundido com realizar. O desconto é só o empurrão que faltava para alimentar o mito do ‘preciso disso agora’, mesmo que, na prática, o objeto em questão acabe esquecido no fundo de uma gaveta”. Por isso, ela recomenda a pesquisa antecipada de produtos e preços.
Recomendações, tais como compras com cartão de crédito, pix entre outras, podem ser conferidas em: https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/black-friday-sem-fraude-como-se-proteger-dos-golpes/