Necessidade de ampliação do quartel da PM em Arcos
A limitação do espaço pode estar dificultando a ampliação do efetivo
O 1º Tenente da 241ª Companhia da Polícia Militar de Minas Gerais, Rhuan Arantes Cunha, usou a Tribuna da Câmara na reunião de segunda-feira, 10 de março, para solicitar apoio ao poder público diante da necessidade de ampliação do prédio do Quartel.
O prédio foi construído em 1996, há aproximadamente 30 anos. Na época, a unidade abrigava um Pelotão, que requer uma média de 30 militares. Depois de alguns anos, passou a ser companhia, envolvendo seis Municípios. No entanto, a estrutura continua como se ainda fosse um Pelotão. Na condição de companhia, deveria ter 54 militares.
“A gente não tem nem perto disso, mas era pra ter. É interessante que a gente faça reformas para estarmos recebendo os militares aqui em Arcos”, comentou o tenente Arantes.
Segundo o comandante, também falta espaço adequado para atendimento ao público, o que compromete o acolhimento de vítimas e cidadãos.
Propostas
Seriam necessárias reformas no prédio I, onde são atendidas aproximadamente 20 pessoas por dia, para orientações e registros de ocorrências. Tenente Arantes disse que, muitas vezes, chega a ter 10 pessoas aguardando por atendimento.
Uma situação constrangedora e preocupante, também quanto à segurança, é que toda vez que chega viatura com policial conduzindo preso, eles passam pelo corredor onde os cidadãos estão esperando por atendimento. Nesse momento, relata o comandante, existe a possibilidade até mesmo de ameaças.
“Uma das coisas que a gente pretende fazer para evitar isso é que essa viatura não entre mais ali, entre pelos fundos, para [...] dar uma privacidade maior tanto para quem está ali fazendo o registro quanto para o autor que está sendo conduzido”, explica, mostrando, no projeto arquitetônico, onde seria construído o novo acesso.
No quartel também não há espaço para reuniões e nem alojamento feminino. Atualmente, Arcos conta com apenas uma policial mulher, mas há a previsão de chegada de outras.
Essa é uma expectativa, considerando, inclusive, que não é permitido que policiais homens façam abordagens em mulheres. Quando a policial não está em trabalho, as abordagens em mulheres precisam ser feitas no Pronto Atendimento São José, por enfermeiras, sem que o policial presencie.
Seria necessária a construção de novo prédio com auditório, sala de reunião, espaço adequado para atendimento à comunidade e a criação de um segundo pavimento com alojamento feminino, academia e vestiários. Há, também, a necessidade de ampliação da recepção e das áreas administrativas, para a garantia de atendimento mais humanizado.
Redução de custos para a Prefeitura
A ideia é que a construção seja feita em parte da área ao lado do quartel, cujo terreno pertence à Prefeitura. A Prefeitura faria a doação para o Consep (Conselho Comunitário de Segurança Pública), considerando que esse Conselho pode receber verbas de outras instituições da cidade, inclusive empresas, que já demonstraram interesse em ajudar. Com isso, haveria redução de gastos por parte do Executivo Municipal.
Tenente Arantes acredita que a ampliação do prédio poderá viabilizar o aumento do efetivo de policiais militares em Arcos. “A gente tem um déficit muito grande. Não podemos citar números, mas a gente precisa de mais militares aqui. Já passei isso ao prefeito e a outros políticos”.
O projeto foi feito com apoio de arquitetas e engenheiros e do Consep. O custo estimado é de R$ 2 milhões. Segundo o tenente Arantes, vereadores já autorizaram um repasse à Prefeitura, de parte desse valor. “A Prefeitura já tem uma parte desse valor para iniciarmos a obra”, disse, acrescentando que seria um avanço significativo na segurança pública de Arcos.
Seção de Inteligência
O comandante da PM também falou da necessidade da compra de outro veículo para a Seção de Inteligência da PM em Arcos. O projeto estava em pauta na Câmara.
“Essa verba que os senhores vão votar hoje, ela veio não da Prefeitura. Teve uma operação da Polícia Militar junto com o Ministério Público, alguns anos atrás, quando foi retornada essa verba – através da operação que a gente fez – para a Prefeitura. O MP fez um acordo com a Prefeitura, com o poder Executivo, de estar repassando essa verba. [...]”, explicou o comandante.