Pneumologista de Arcos alerta para os riscos do uso do 'vape'

Para o Dr. Marco Túlio Veloso, médico pneumologista, é equivocado acreditar que os cigarros eletrônicos são alternativas seguras para o uso do cigarro convencional.

Set 3, 2024 - 15:33
Set 3, 2024 - 15:51
 0
Pneumologista de Arcos alerta para os riscos do uso do 'vape'
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil


Dr. Marco Túlio Silva Veloso, pneumologista que atua em Arcos, afirma: “Estudos comprovam que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são nocivos à saúde e não são alternativa segura ao tabagismo convencional. Eles apresentam riscos significativos para a saúde pulmonar e ainda podem causar explosões. Já foram identificadas quase duas mil substâncias nessa solução, principalmente nicotina, além de compostos tóxicos, irritantes e até carcinogênicos, muitos deles, não especificados pelos fabricantes.

Ele ainda alerta para o fato de que os usuários de vapes estão entre os mais predispostos a desenvolver diversos tipos de câncer, doenças pulmonares e doenças cardiovasculares, principalmente se iniciarem o hábito quando jovens.

Dr. Marco Túlio ainda destacou: “Os vapes são ‘porta de entrada’ para o vício do tabagismo e aumentam, de três a quatro vezes, a probabilidade de experimentar o cigarro convencional”.

Ele conclui alertando que alguns vapes podem entregar até 20 vezes mais nicotina que o cigarro comum e similares, aumentando assim o risco de dependência. “O cigarro tradicional tem um limite de 1mg de nicotina por cada cigarro, enquanto os eletrônicos chegam a até 57mg de nicotina por mililitro do líquido”.

O vape também é conhecido por: vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido), entre outras denominações.

Projeto de lei da Câmara Federal visa criminalizar comercialização do vape

Conforme notícia no site da Câmara Federal, o Projeto de Lei 2.158/24 criminaliza a fabricação, a importação e a comercialização de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vape. A proposta tramita na Câmara dos Deputados e altera o Código Penal para punir os infratores com detenção de 1 a 3 anos e multa.

O texto também proíbe o consumo de cigarros eletrônicos em ambientes de uso coletivo, mesmo esses locais estejam parcialmente abertos.

Em 2009, resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de vape. Neste ano, a agência reforçou a proibição, prometendo ampliar a fiscalização e iniciativas de conscientização da população geral sobre os riscos do uso.

A deputada federal Flávia Morais (PDT-GO), autora do projeto de lei, afirma que é necessário aumentar a conscientização sobre os perigos do tabagismo e do uso de cigarros eletrônicos. “Incentivar as pessoas a pararem de fumar para melhorar a saúde pública”, disse na nota publicada pelo site. O projeto se encontra em análise.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Leia também sobre o assunto acessando os seguintes links:

Projeto de Lei 2158/24 (Notícia)

Projeto de Lei 2158/24

Campanha de Prevenção MS

Anvisa proíbe